sexta-feira, 14 de março de 2008

Quem somos ?

Quem Somos ?


O que é Resistência Popular?

A Resistência Popular é a coordenação solidária que agrupa diversas expressões do movimento social pautadas pelo caráter combativo e autônomo, pelos princípios da ação direta, classismo, solidariedade de classe, horizontalidade, democracia direta e protagonismo popular.A Resistência Popular tem a intenção de impulsionar a construção de um movimento social unificado nacionalmente, com laços solidários internacionais que a longo prazo contribua para a edificação do socialismo , através da construção de um processo de avanço do poder popular e ruptura revolucionária. Por isso mesmo, mantemos relações solidárias com a Resistência Popular de vários estados do Brasil e com movimentos sociais latino-americanos de caráter autônomo e combativo. Fundada em janeiro de 1999 na Grande São Paulo, a RP-SP segue na luta desde então, passando por várias etapas, sempre procurando estar presente nas várias expressões de luta de nossa classe e mantendo a coerência com os nossos propósitos.

O que é a JULI-RP?

A Juventude Libertária da Resistência Popular (JULI-RP) surge da necessidade de organização de militantes que participavam de diferentes grupos que compunham a RP, cujas formas de atuação e projetos eram semelhantes dentro do Movimento Estudantil. Sua construção vem sendo consolidada a cada dia, com a proposta de uma forma de organização dos estudantes autônoma, independente de grupos políticos organizados, tendo sua luta pautada sempre pelos princípios que norteiam toda a Resistência Popular.Para nós, o Movimento Estudantil só tem sentido se for entendido como um movimento social, também capaz de ser transformador da realidade. Acreditamos que a luta dos estudantes não deve ser isolada, mas unida a outras lutas, pois uma real mudança na educação só pode vir acompanhada de uma mudança em toda a sociedade. Propomos que os estudantes estejam organizados horizontalmente, se opondo à atual forma de organização do movimento estudantil, caracterizada pelo aparelhismo partidário e pela burocracia, que lhes usurpam o direito de participação direta nas discussões e lutas que envolvem a todos.
A Nossa concepção de Movimento Estudantil
Atuamos no Movimento Estudantil por acreditar em sua capacidade de potencialização das reivindicações da classe oprimida, através da difusão do conhecimento adquirido por meio da educação formal e da utilização das técnicas apreendidas na instituição de ensino, canalizando esse conhecimento para a luta. Acreditamos também, ser a militância um meio de formação de indivíduos críticos da realidade em que estão inseridos, podendo-se pensar nessa aproximação dos estudantes com as lutas pela emancipação popular como um processo contínuo de contestação da concepção de educação, de sua finalidade e de seu papel na sociedade.Nesse sentido, a partir de nossa concepção de movimento estudantil, extraímos o que de fato nos leva a atuar nessa frente: a busca pela consolidação de uma nova prática, que nos permita ir além dos muros que cercam grupos que atuam em diferentes frentes isoladamente, fazendo com que se articulem em torno de causas conjuntas. Por isso afirmamos que somos um movimento social.A idéia de que o movimento estudantil deve se pautar na luta de nosso povo é que nos faz acreditar que organizados podemos agir diretamente, em relação a tudo o que nos diz respeito, sem a mediação de "representantes", tendo como requisito fundamental a consciência de classe, em defesa de nossa classe explorada e uma orientação revolucionária, que nos permita fazer parte da construção de um poder do povo, de um poder popular.
O momento em que vivemos
Vivemos em um mundo em que vemos, por um lado novas tecnologias, novas formas de entretenimento, segurança e a renovação de ilusões (em proveito da classe dominante); por outro lado, a acentuação da miséria, dos conflitos e guerras, surgimento de novas formas de exploração, dominação, violência e de novas formas de luta da classe explorada. No Brasil isto ficou bem claro com as mudanças ocorridas nos anos noventa, época do dito período “democrático”, com o aumento da pobreza e dos conflitos sociais (movimentos por terra, moradia, transporte, etc.); nos últimos governos, principalmente o de Lula e do PT que para muitos era uma esperança e acabou por atacar os direitos dos trabalhadores com as Reformas Sindical e Trabalhista, e iniciar a destruição da Universidade Pública ("desvio de verba" para Universidades Particulares, garantindo um ensino precário, entre outras coisas). Todas essas medidas estão sendo geradas por um processo de globalização (executado por uma classe dominante) que atingem o mundo inteiro e é responsável também por guerras e conflitos, como no Haiti e no Iraque.
Os estudantes, sejam eles secundaristas ou universitários, se deparam no Brasil com a destruição do ensino público: falta de investimento, não atendimento de demandas básicas como professores e infra-estrutura, e péssimas formas de administração. Nesse sentido a Reforma Universitária vem para formalizar a mercantilização do ensino superior, deixando o tripé ensino-pesquisa-extensão entregue às leis de mercado e determinando uma disputa das universidades públicas com as universidades privadas pelos recursos estatais. Além disso, essa reforma possibilita a quebra da autonomia político-administrativa e acadêmica do ensino superior público, o que já pode ser visto em andamento nas parcerias público-privadas estabelecidas desde os anos 90 no Brasil. Em oposição à forma vigente de universidade (excludente às classes populares, hierarquizado, burocratizado e voltado para o mercado), o mesmo que a reforma universitária busca acentuar, propomos a construção de um outro modelo: a Universidade Popular.A luta contra a Reforma Universitária e a mobilização pelo Passe-Livre em várias cidades do país (uma reivindicação da juventude e dos trabalhadores desempregados, que visa a democratização do acesso à educação, à cultura, ao trabalho e ao lazer) iniciaram um novo processo de mobilização estudantil no ano de 2004. Diante desta situação, as respectivas burocracias das entidades representativas de universitários (UNE) e secundaristas (UBES) se encontram claramente desvinculadas das lutas travadas pelas bases estudantis, tomando posições abertamente conservadoras junto ao governo federal e constituindo um verdadeiro entrave ao movimento. Por esses motivos, tais entidades devem ser combatidas. Uma alternativa de luta
Para combater essa dominação burocrática e buscar uma alternativa democrática e popular no atual momento em que vivemos, a classe explorada deve se organizar de forma a assumir o curso dos eventos, determinando a sua direção e reforçando a sua autonomia. É daí que surge a necessidade dos movimentos sociais combativos e independentes como a Resistência Popular.

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